Tudo começou no ano 2000, ano de vida nova longe de casa e numa capital, ano de cobranças e de vestibular, e ano de encontrar um príncipe “em formação”. Cara simpático, bonito, atencioso, que soube me fazer feliz, não para sempre, como habitualmente escutamos quando se fala em príncipes, mas enquanto durou. Foi uma decisão minha acabar, mas por muito tempo, e esse tempo significa alguns anos, não consegui esquecer esse cara. Voltei para cidade onde meus pais moravam, mas inicialmente tive dificuldade em voltar a sair com outros sapinhos... Quando voltava à capital sempre dava um jeito e o encontrava. Às vezes ficávamos. Outras não. Percebi então que isso estava me impedindo, de certa forma, de dar um caminho melhor para minha vida amorosa, de encontrar alguém que estivesse comigo de verdade, não apenas em lembranças ou em raros momentos que poucas horas duravam. Até que chegou um dia em que eu enfim percebi que a vida deveria continuar e não havia como eu mudar meu passado. Perdemos o contato e não nos falamos por três anos. Há uns dias atrás, mais especificamente no dia 07/07/07, abro minha caixa de e-mails e qual minha surpresa ao ver um e-mail desse quase príncipe, falando que lembrou de mim ao ouvir uma música (Impossível, do Biquíni Cavadão – “é impossível esquecer você, é impossível esquecer o que vivi, é impossível esquecer o que senti”), e combinando um possível encontro numa festa na minha cidade natal. Confesso que por um certo momento me achei o máximo com a mensagem, quem não ficaria com o ego inflado ao receber um e-mail desses?! Mas me orgulhei mesmo de mim foi por finalmente ter conseguido deixar pra trás essa história. Percebi que o semi-príncipe já tinha se tornado lembrança, e que eu, por enquanto, gosto mesmo é dos sapos.